Estamos todos perdoados
é necessário que tenhamos, às vezes, mais preguiça e menos produtividade.
Aquele projeto que não deu certo. Aquela entrega que você não enviou na data. Aquele evento que você não foi. Aquele texto que você queria ler e não leu. Aquele livro que todo mundo leu menos você. Aquela mensagem no whatsapp que você vai ainda responder um dia, está no checklist. Aquele show que perdeu o ingresso porque esgotou muito rápido. Aquela música que você ainda não escutou. O link que não abriu. A reunião que você esqueceu. A reunião que você entrou atrasada. Os minutos a mais que dormiu. O km a menos que correu. Você entendeu. Há tanta coisa possível de não ser feita. Há os dias em que nada funciona, há a vida também que acontece e foge ao nosso controle (nos relembra que o controle é uma ilusão) e há também a preguiça, a raiva e as outras coisas que nos tomam. Como: não farei isso hoje. Ou: não quero. Claro, se todo dia, há algo (talvez) de errado. Mas nas entrelinhas dos inúmeros compromissos e obrigações que a vida adulta (capitalista produtiva) nos traz, há dias em que a rebeldia é extremamente necessária. É uma causa. É uma forma também de resistência. Depois disso, perdoe-se. Pois há também a ruim sensação depois do ato que é culpar-se. Ah, a culpa. Culpados pela baixa performance como máquinas que somos. Perdoe-se e se precisar, me perdoe também.
Inspire e expire.
Está tudo bem.
Estamos um pouco acelerados.